Na história da humanidade, verificamos quatro frases importantes na vida da pessoa portadora de deficiência.A primeira fase, que corresponde ao período anterior ao século 20, pode ser chamada de fase da exclusão, na qual a maioria das pessoas com deficiência e outras condições era tida como indigna de educação escolar.
A segunda fase, chamada de segregação, já no século 20, começou com o atendimento às pessoas deficientes dentro de grandes instituições que, entre outras coisas, propiciavam classes de alfabetização. A partir da década de 50 e mais fortemente nos anos 60, com a eclosão do movimento dos pais de crianças a quem era negado ingresso em escolas comuns, surgiram as escolas especiais e, mais tarde, as classes especiais dentro de escolas comuns.
A terceira fase, localizada na década de 70, constitui a fase da integração, embora a bandeira da integração já tivesse sido defendida a partir do final dos anos 60. Nessa nova fase, houve uma mudança filosófica em direção à idéia de educação integrada, ou seja, escolas comuns aceitando crianças ou adolescentes deficientes nas classes comuns ou, pelo menos, em ambientes o menos restritivos possível.
Porém, consideravam-se integrados apenas aqueles estudantes com deficiência que conseguissem adaptar-se à classe comum como essa se apresentava, portanto sem modificações no sistema. A educação integrada ou integradora exigia a adaptação dos alunos ao sistema escolar, excluindo aqueles que não conseguiam se adaptar ou acompanhar os demais alunos.
Finalmente, a quarta fase, a de inclusão, surgiu na segunda metade da década de 80, incrementou-se nos anos 90 e vai adentrar o século 21.
A idéia fundamental dessa fase é a de adaptar o sistema escolar às necessidades dos alunos. A inclusão propõe um único sistema educacional de qualidade para todos os alunos, com ou sem deficiência, e com ou sem outros tipos de condição atípica.
A inclusão se baseia em princípios tais como: a aceitação das diferenças individuais como um atributo e não como obstáculo, a valorização da diversidade humana pela sua importância para o enriquecimento de todas as pessoas, o direito de pertencer e não de ficar de fora, o igual valor das minorias em comparação com a maioria.A educação inclusiva depende não só da capacidade do sistema escolar (diretor, professores, pais e outros) em buscar soluções para o desafio da presença de tão diferentes alunos nas classes, como também do desejo de fazer de tudo para que nenhum aluno seja novamente excluído com base em alguma necessidade educacional muito especial.
A primeira barreira que necessitamos transpor é a arquitetônica, muito aparente nas nossas escolas.Entristecidos, vemos que novas unidades vão sendo construídas sem a menor preocupação com as adaptações arquitetônicas tão essenciais para que qualquer indivíduo tenha assegurado o direito de ir e vir.Nossos meios de comunicação registraram o descaso ocorrido com eleitores nessa última eleição, quando as urnas foram todas colocadas no andar superior das escolas com dois pisos.
Inclusive eu tive muita dificuldade e constrangimento para subir e fazer valer o meu dever de cidadã.
A conquista da cidadania entendo como o acesso normal a qualquer tipo de serviço, lazer, cultura, saúde, esporte etc..
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